Inusitada manhã de domingo

7 km em menos de 48 minutos.
Nada mal para a pata choca que sempre fui.
Ah! E debaixo de chuva.
A volta da Lagoa ( 7,5km) planejada para o Carnaval já parece pouco.
A corrida na USP, de 12 km, ainda é muito... ai,ai... será que eu vou virar uma runner freak?
Preciso deseperadamente de um tênis melhor.

Pequenas alegrias

- Ouvir o CD novo da Barca - lindíssimo! - em primeira mão;
- Encontrar bem-casados para dar de presente para minha avó;
- Descobrir que o túnel por onde passo todos os dias se chama "Noite Ilustrada";
- Fernando Pessoa brotando de presente, enchendo de poesia a manhã...

Isso foi na terça.
Hoje estou menos atenta a estas pequenas alegrias - daí a importância de me lembrar.
Hormônios - mais literalmente do que nunca - a flor da pele.
E pele é o tipo da coisa que mina o meu humor...
Ainda bem que está armando um final de semana perfeito para assistir filmes e mais filmes debaixo das cobertas. (Sim, o calor resolveu dar uma treguazinha essas dias).
Ups- mas no domingo tem a tal corrida - 7 km, pra eu me preparar para a volta na Lagoa no Carnaval...

Final de semana de me apaixonar....
- pelos meus amigos - que sabem , quase que por magia, me deixar respirar/ me obrigar a respirar, dependendo da ocasião;
- pela minha família - fofa e querida, sempre. Surpreendentemente compreensiva ( e persistente, mesmo eu tendo expulsado da minha vida tanto);
- pela casinha que em breve será minha - por que é linda, e amarela (sempre amanhecendo!!), e cheia de mini detalhes que são (ou serão! ) a minha cara...
- pela minha vida, enfim!! - sei lá - parece que eu estou definindo o meu dia da marmota... e estou feliz, feliz com ele.

O que mudou? sei lá, corri alguns km, tirei o que andava pesando, a areia dos olhos...

Nada como esta predisposição a me apaixonar...
Nada como esta brisa entre morna e fresca, e esta falta de urgência, e esta sensação de caminho, se não certo, ao menos florido...
Adoro quando eu me basto... todo o resto ficando com gosto de festa...

Antes do Dudu ir pro Xingu...

Baladinha de despedida, tirada da cartola, no de uma conversinha cibernética no meio da tarde... Todos os "arroz de festa" reunidos!!!

até que enfim, as fotos do Reveillon!!

O Reveillon foi mesmo um golpe de mestre: praia linda, super amigas reunidas, começando o ano com Mimosas (drink com champagne e suco de laranja aprendido na ultima temporada em Miami).







Isso sem contar as tradicionais pizzas e as artes da Carol... Um ano que começa assim, só pode mesmo reservar as melhores surpresas....

tudo bem por aqui

Pessoas queridas: sem motivos para preocupações: está tudo bem por aqui!!!
Sorry pelos sumiços todos, mas é verão, eu gosto de sol e ser feliz ( e confusa!!) tem me tomado muito tempo.
Aguardem novidades maravilhosas nos próximos dias... .

"a gente é roda, só se equilibra em movimento".*.

Vencido o impulso inicial de me entupir de programações - para evitar um possível bode, para não me sentir a mercê, para não ficar, Janefondamente, esperando, passei feliz, feliz um final de semana dos mais tranquilos: muito sol e sono... Aliás, praticamente só sol e sono. Até engraçado - em "condições normais de temperatura e pressão" eu teria subido pelas paredes, mas simplesmente aproveitei pra aprender a fazer nada e a pensar pouco...

Já esta semana.... estou completamente absorvida pela correria - e feliz da vida!! Gostando demais de tudo.... e produzindo mais no trabalho, mais disciplinada na ginástica, retomando às aulas de canto e dança...E muito mais tranquila comigo mesmo!!
Me fez bem fechar tantas portas nos últimos tempos. Mesmo levar essa última porta meio na cara fez um bem enorme... - alívio por não re-iniciar o ciclo de portas entreabertas, por que sim, por puro vício de comportamento. .
A grande conclusão é que eu definitivamente não sei lidar com a calmaria. Nem com a indefinição... as situações indefinidas, mal resolvidas, acabam funcionando como um gancho onde eu, sem perceber, ( ou percebendo e, sei lá, precisando de algum tipo de âncora) me enrosco e, como só me equilibro em movimento, eu não páro, continuo a todo vapor, só que agora em círculos, em espiral, looping total!! E não paro enquanto não me debato e machuco bastante.. ou quando afundo no poço que meus giros foram cavando. ou quando o gancho se desfaz, e eu saio desgovernada por ai, prestes a me chocar contra algum muro, e depois de ter perdido um tempo/energia enorme...
Por isso continuo firme no princípio: "Se emperrar, force. Se quebrar, precisava trocar mesmo".
Porque eu não quero ter que "pisar em ovos", não quero ter que escolher demais as palavras, não quero o que não seja leve...
Porque passar o coração a limpo levou muito tempo (e empenho!) pra eu continuar tão displicente com o que escrevo nele.
Porque eu prefiro guardar minha delicadeza e meu cuidado para cultivar girassóis e amores-perfeitos...
Porque raspas e restos NÃO me interessam.
Porque "só quero saber do que pode dar certo".

*frase foi dita pelo personagem do José Wilker em Bye,Bye Brasil, e completamente perfeita para mim...

SAI, JANE FONDA: Este corpo não te pertence!!!

Mesmo com todos os reforços, vindos de todos os lado - Londres, Salvador, Guatemala, Africa... meses ou anos brotando inesperadamente por e-mail ou pelo telefone... a Jane Fonda aqui não estava se conformando... e quase em looping again!!
Impressionante minha capacidade de alimentar Dragões!! Aliás, agregada a esta habilidade nata, soma-se uma certa Síndrome de Abelha, que imagina que é só alimentar qualquer abelha operária com geleia real e pronto, nasce uma rainha... assim ia eu, alimentando sapos com pérolas para ver se eles viravam príncipes... e o máximo que consigo é transformá-los em Dragões!!!

Ainda bem que andei super honrando o princípio "Se emperrar, force. Se quebrar, precisava trocar mesmo". E, a bem da verdade, a gente já precisa lutar contra tantos Dragões que brotam do nada, prontos, bohemios e irresistíveis que, a não ser que seja para garantir o princípio da diversidade de investimentos, certamente não convém contribuir para uma superpopulação...

Até que enfim parou de chover...

Uma semana de trânsito maravilhoso - perfeito para levar o mocinho da Guatemala para passear pela cidade, tomar chopp na calçada e sair cedo para a praia e na outra, um dilúvio só...
Enfim, hoje é sexta e parece que o tempo vai abrir... De qualquer forma, fica aí a musiquinha em homenagem a essa molhança toda...
(ponto alto da semana: horas e horas de conversa com a Kalu que voltou pra SP depois de 4 anos em Pira...)

Basta que chova mais ou menos meia hora
É batata, não demora
Enche tudo por aí
Toda cidade é uma enorme cachoeira
(...)
Tudo enguiça, tudo pára
Todo trânsito engarrafa
Quem tiver pressa seja velho ou seja moço
Entre n’água até o pescoço
E peça a Deus pra ser girafa
(Sebastião Fonseca e Cícero Nunes - cantado por Monica Salmaso)

Disco quebrado

Relendo escritos antigos ( o sem fim arrumar de gavetas!!) encontrei uma porção sem data. sem nomes. Pânico - estórias tão iguais e sempre eu tentando provar que agora é diferente, que "depois de tanto tempo ( ou de fulano) é a primeira vez que" . Olhando pra trás, a luz do tempo, certeza de ter sido quase sempre a mesma estória. Não que seja uma grande revelação, mas foi assustados perceber quão iguais são os ecos em mim... Aliás, senão por um ou outro detalhe - um nome de filme ou de boteco, quase não é possível saber de quem estou falando. As vezes, nem a data ajuda, tão turbulentas/paralelas/ atropeladas costumam ser minhas emoções.

Então ficou uma sensação de "dia da marmota"... e eu, que busquei todos os motivos do mundo para virar as páginas, sem perceber acabei caindo no "volte 20 casas"...

E o ano não muda se acreditarmos que alguma coisa deve acontecer para ser feliz. Nada precisa acontecer para que a felicidade venha. Ela já deveria estar dentro despertando a delicadeza. Não pode ser condicionada a um plano profissional, emocional e de saúde. Não será a lentilha ou a roupa branca que determinarão a conduta. O que passou não acabou - ainda é. Ciscar para trás pode ser mais verdadeiro do que andar para frente.
Aceita-se a ilusão de que, ao apagar o ano passado, eliminam-se os problemas. (...)
Esquecemos que a primeira refeição do ano costuma ser as sobras do jantar.
(Carpinejar)

Então é meio isso... e se o que sobrou foi um pão velho, coragem! talvez seja preciso reunir forças (e legumes!!) e preparar um boa sopa que o justifique. Ou, como faria minha avó, levar para São Judas benzer e esquecê-lo dentro da lata de açúcar. . Ou encharcar de alcóol e usar para acender a churrasqueira, se ele merecer mesmo virar fumaça e sumir pra sempre.

Então você imagina que está fazendo tudo certo: coloca lá uma placa de "aviso aos passageiros" , porque não quer, de jeito nenhum, machucar ninguém e fica tranquila para fazer suas estripulias, sem grandes expectativas.. Só continua seguindo o princípio de não dar esperanças a ninguém que vc não possa - ou não queira - fazer feliz.
O que você esquece, é que nem todo mundo tem o cuidado de colocar avisos de segurança e, um belo dia, quando você menos espera, de novo quando vôcê menos precisa ...

Repescagem

"Não há o que perdoar
por isso mesmo é que há
de haver mais compaixão"
Gilberto Gil

Sem alarmes - o Reveillon foi ótimo ( assim que baixar as fotos, coloco aqui), mas sempre rola aquela olhada prá trás e ficou mais coisa do que eu imaginava na "repescagem". E, sei lá também, estou um pouco neste mood de querer - de novo! - achar que "os pecados são todos meus"...