Wednesday, June 29, 2005

Errando erros antigos...

Pego de gancho o finalzinho do post da Gi
" Será que estou tão acostumada a sofrer que não quero me libertar das dores que eu já conheço?"
Ainda me recuperando de um senhor pé na bunda, me flagro voltando a ser a mulher butoh (dança/ teatro de origem japonesa, que tem a imprevisibilidade como uma das principais características...) - ou seja, já sai por aí fazendo pequenas bobagens, por que sim, por esporte, mas princípalmente, por medo... Porque casinhos instantâneos, expectativa nenhuma de envolvimento, semi entrega - tudo isso me é muito familiar - são vazios com os quais eu sei lidar, são meu entorno e onde me escondo, há anos e anos...
Enfim, já rolaram os e-mails mais meigos do que deveriam para mocinhos do passado que eu definitvamente não deveria... e, obviamente, já rolaram respostas, propondo o que não deveríamos...
E, este impulso enorme de "diversificação de investimentos" (de novo, emprestando teorias da Gi!) - Estou com tanto medo dos erros recentes que repito os erros mais antigos - aqueles que, ao menos, sei onde vão dar... Porque, pelo menos nestes casos, estou pesando em terreno conhecido, sei o que esperar (ou seja, nada) e, sei a partir do dia 1 que o(s) cara(s) é meio cafa - ele não vai me surpreender no meio do caminho porque "aprendeu que, àsF vezes, é bom ser um pouco canalha" depois de ter dito tanto que não estava brincando comigo... Enfim, vou retornando as ligações, organizando festas e baladinhas, reativando mocinhos, por puro esporte... mesmo desconfiando "se não seria aquilo arrefecido sentimento, pecar contra a saudade? (Guimarães Rosa)

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Retrato em Branco e Preto

Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cór
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar, tanto pior
O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes velhos fatos
Que num álbum de retrato
Eu teimo em colecionar

Lá vou eu de novo como um tolo
Procurar o desconsolo
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isso é pecado
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado
E você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração

Opa, se identificou??
E eu aqui - no velho ofício da espera. O tempo passou na janela!

Estou em um minuto Chico.. hehehehe

5:16 PM  

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